quarta-feira, 18 de junho de 2008

Curiosidades interessantes sobre a Língua de Sinais



Cada país tem uma língua de sinais própria e que a Libras é a língua brasileira de sinais.A Libras foi oficializada no Brasil em 24 de abril de 2002 pela Lei Federal 10436.O Paraná foi um dos primeiros Estados a oficializar a Libras pela Lei 12.095/98.As crianças surdas têm direito a uma educação bilíngüe, isto é, aprender a Libras e a língua portuguesa na escola.O alfabeto manual é apenas um recurso utilizado para soletrar nomes próprios e empréstimos lingüísticos do português.As pessoas surdas têm direito a um intérprete na escola, nos hospitais, nos órgãos públicos, e outros.

Língua de Sinais


A língua de sinais ou língua gestual se refere ao uso de gestos e sinais em vez de sons na comunicação.
É muito utilizada como forma de entendimento entre pessoas surdas, mudas e com problemas auditivos. Há várias línguas de sinais em uso por todo o mundo, mas a mais comum é a Língua de Sinais Americana. Algumas línguas de sinais receberam reconhecimento oficial em vários países, e é comum que pessoas usando códigos diferentes possam entender-se num nível básico.
É universal?
Muitas pessoas pensam que a língua de sinais, em todo o mundo, é igual. Esse pensamento baseia-se em alguns preconceitos:
já que a comunicação por gestos é intuitiva e uma vez que não exige aprendizagem, deveria ser a mesma para todos os surdos;
já que a comunidade surda, ao redor do mundo, é uma minoria, certamente utiliza um único tipo de comunicação;
já que é uma comunicação icónica (uma representação da realidade, por ícones), a sua representação deverá ser a mesma em todo o mundo.
No entanto, uma vez que todos estes argumentos partem de premissas erradas, as conclusões são também erradas.
Os linguistas que estudaram as diferentes línguas gestuais concluíram que estas apresentavam diferenças consideráveis entre si.
Além disso, os surdos sentem as mesmas dificuldades que os ouvintes quando necessitam comunicar com outros que utilizam uma língua diferente.
Por isso, cada país terá a sua própria língua gestual. Por exemplo, no Brasil existe a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).
Da mesma forma que existem línguas faladas oralmente, há uma correspondência a cada língua de sinais falada em diversos países, havendo igualmente variações dentro das mesmas assim como há regionalismos e dialetos em línguas orais. Essas variações se devem a culturas diferentes e influências diversas no sistema de ensino, por exemplo. Há até mesmo uma língua de sinais universal, análoga ao Esperanto, conhecida como Gestuno e usada em convenções e competições internacionais.
Entre as situações em que pessoas sem deficiências relacionadas à visão ou à audição estão, por exemplo, o uso em comunidades na qual falar em certas horas do dia ou situações é tabu ou impossível. Exemplos disso são a comunicação entre mergulhadores e certos rituais de iniciação entre aborígenes australianos, na qual é proibido se falar por um período de tempo.
Não se sabe quando as línguas de sinais foram criadas, mas sua origem remonta possivelmente à mesma época ou a épocas anteriores àquelas em que foram sendo desenvolvidas as línguas orais. Uma pista interessante para esta possibilidade das línguas de sinais terem se desenvolvido primeiro que as línguas orais é o fato que o bebê humano desenvolve a coordenação motora dos membros antes de se tornar capaz de coordenar o aparelho fonoarticulatório. As línguas de sinais são criações espontâneas do ser humano e se aprimoram exatamente da mesma forma que as línguas orais. Nenhuma língua é superior ou inferior a outra, cada língua se desenvolve e expande na medida da necessidade de seus usuários.
Também é comum aos ouvintes pressupor que as línguas de sinais sejam versões sinalizadas das línguas orais; por exemplo, muitos acreditam que a LIBRAS é a versão sinalizada do português; que a Língua Americana de Sinais é a versão sinalizada do inglês; que a Língua Japonesa de Sinais é a versão sinalizada do japonês; e assim por diante. No entanto, embora haja semelhanças ou aspectos comum entre as línguas de sinais, e entre as línguas de sinais e as orais, os chamados “universais linguísticos”, as línguas de sinais são autónomas, possuindo peculiaridades que as distinguem umas das outras e das línguas orais.
A língua de sinais é tão natural e tão complexa quanto as línguas orais, dispondo de recursos expressivos suficientes para permitir aos seus usuários expressar-se sobre qualquer assunto, em qualquer situação, domínio do conhecimento e esfera de atividade. Mais importante, ainda: é uma língua adaptada à capacidade de expressão dos surdos.
LS é a abreviação de Língua de Sinais.

Alfabeto dactilológico
A difusão do alfabeto dactilológico de uma só mão entre os ouvintes gerou a pressuposição de que esse alfabeto é a própria língua de sinais, que há uma única língua de sinais e que essa língua é universal. No entanto, o alfabeto dactilológico é apenas um suplemento das línguas de sinais, cuja função é a soletração de palavras das línguas orais, tais como, nomes próprios, siglas, empréstimos, etc.
"O alfabeto dactilológico usado atualmente no Brasil é um conjunto de 27 formatos, ou configurações diferentes de uma das mãos, cada configuração correspondendo a uma letra do alfabeto do português escrito, incluindo o “Ç”".- INES - Instituto Nacional de Educação de Surdos.
É muito aconselhável soletrar devagar, formando as palavras com nitidez. Entre as palavras soletradas, é melhor fazer uma pausa curta ou mover a mão direita para o lado esquerdo, como se estivesse empurrando a palavra já soletrada para o lado. Normalmente o alfabeto manual é utilizado para soletrar os nomes de pessoas, de lugares, de rótulos, etc., e para os vocábulos não existentes na língua de sinais.
Os sinais de pontuação, tais como, vírgulas, ponto final e de interrogação, às vezes, são desenhados no ar. Preposições e outras classes de palavras de que a língua não dispõe são inseridas na sinalização por meio da dactilologia, ou do alfabeto manual.
Origem:WikiPedia

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Vestibular

UFPR realiza primeiro vestibular para graduação em linguagem de surdos
Curso de Licenciatura e Bacharelado em Libras oferecem 30 vagas

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) vai realizar o primeiro vestibular do estado do Paraná para os cursos de Graduação em Letras com especialização nas áreas de Licenciatura e Bacharelado em Libras (linguagem com sinais para surdos e mudos), na modalidade a distância, neste domingo (01).
De acordo com a coordenadora do curso, professora Laura Ceretta Moreira, “o Paraná é um dos estados com maior número de surdos do país, e por ser a primeira vez que os surdos têm uma oportunidade como esta, o estado cumpre uma função social relevante e inédita”.
A professora explica que há uma diferença entre os públicos que os cursos querem atingir. “A graduação de Licenciatura em Libras é destinada para surdos, enquanto o Bacharelado é voltado para ouvintes e intérpretes.” Porém, é importante ressaltar que ambos os cursos têm a intenção de formar professores para o ensino da Língua Brasileira de Sinais, tradutores e intérpretes da Língua Brasileira de Sinais/ Língua Portuguesa.
A expectativa dos organizadores é que a Libras seja reconhecida e divulgada na sociedade, ampliando as possibilidades de interação das pessoas surdas que a utilizam como meio principal de comunicação, além da língua portuguesa. Segundo a professora, “o curso é importante porque a libras é a primeira língua do surdo, e que uma formação deste tipo ainda não existe no mercado.”
A prova do vestibular vai contar com candidatos de vários estados do Brasil, e estes vão ter o auxílio de um telão projetando imagens e a ajuda de 17 intérpretes sinalizando a linguagem libras para a execução do teste.
Vestibular
No Paraná, são 133 candidatos concorrendo a 30 vagas no Curso de Licenciatura e 134 candidatos concorrendo a 30 vagas de Bacharelado, o que corresponde a um índice de 4.47 candidatos por vaga. O curso tem duração de quatro anos e funcionará nas dependências do Núcleo de Apoio a Pessoas com Necessidades Especiais da Pró-Reitoria de Graduação (Napne/Prograd) da UFPR, sob a coordenação das Professoras Laura Ceretta Moreira e Sueli Fernandes. As aulas acontecerão na modalidade de educação a distância, com encontros presenciais uma vez por mês, aos sábados e domingos.
O curso de Letras – Libras, que até o ano passado funcionava apenas em nove estados, em 2009, passará a ser ofertado em mais oito universidades federais, por meio de convênio com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), instituição que coordena o programa de formação. O termo de convênio com a UFPR foi firmado recentemente, e por meio deste, a universidade paranaense se transforma em um dos pólos do curso que contará com currículo, certificação e professores da UFSC.
Serviço
1.º Vestibular da UFPR para os cursos de Graduação em Letras – Licenciatura em Libras e de Graduação em Letras – Bacharelado em Libras, na modalidade a distância
Data: Domingo (01/06) Horário: 14 h Local: Ed. D. Pedro I, General Carneiro, 460, complexo da Reitoria

Dicionário

Dicionário de Libras (Linguagem de sinais)


Site: http://www.acessobrasil.org.br/libras/